Livro da Semana


Depois de Ricardo Coração de Leão e de João sem Terra, que são "Duas Vidas Portuguesas" (2007 e 2008), José-Augusto França apresenta um romance histórico que o não é, em tão explorado género literário, mas sim na realidade um romance dos tempos que atravessa - os anos 40 portugueses e franceses da ocupação alemã, os anos 60 lisboetas das revoltas estudantis e 70, da revolução. Trazido aos anos 90 vividos numa velha casa do Anjou, A Guerra e a Paz é um romance de memórias e dúvidas, amores e desamores do nosso tempo.

Como outrora se dizia, trata-se de "destinos individuais inscritos no contexto histórico".

O título vem, como se sabe, de Tolstói, e é reutilizado cento e trinta anos mais tarde. Não disse recentemente Doris Lessing, Prémio Nobel da Literatura em 2007, a propósito do romance contemporâneo, que ele "tem uma vida após Tolstói"? E ele próprio, Tolstói, não escreveu que "a guerra é de todos e a paz de cada qual"?

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