Livro da Semana


A Festa da Insignificância

de

Milan Kundera


"A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Está comnosco sempre e em toda a parte. Está presente mesmo onde ninguém a quer ver: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores infelicidades. Exe-nos muitas vezes coragem para a reconhecer em condições tão dramáticas e para a chamar pelo seu nome. Mas não se trata apenas de a reconhecer, é preciso aprender a amá-la."

"Lançar luz sobre os problemas mais sérios e, ao mesmo tempo, não proferir uma única frase séria, estar fascinado pela realidade do mundo contemporâneo e, ao mesmo tempo evitar qualquer realismo, eis A Festa da Insignificância.
Os que conhecem os livros anteriores de Kundera sabem que a intenção de incorporar uma parte de «não-sério» num romance não é de todo inesperada. Em A Imortalidade, Goethe e Hemingway passeiam juntos por vários capítulos, conversando e divertindo-se. E, em A Lentidão, Vera, a esposa do autor, diz a seu marido: «sempre me disseste que um dia querias escrever um romance em que nenhuma palavra fosse a sério... Só quero avisar-te: cuidado, os teus inimigos esperam-te.» No entanto, em vez de prestar atenção, Kundera realiza finalmente na plenitude o seu velho sonho estético neste romance, que pode ser visto como um resumo surpreendente de toda a sua obra. Resumo peculiar. Epílogo peculiar. Riso peculiar inspirado na nossa época, que é cómica porque perdeu todo o sentido de humor. O que se pode mais dizer? Nada.Leia!"

"Autor de A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera volta ao romance depois de treze anos. Em A Festa da Insignificância, Kundera coloca em cena quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua, característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido." 



Comentários